sexta-feira, 30 de março de 2012

DEMOCRACINE


O I Democracine – Festival Internacional de Cinema de Porto Alegre é um evento destinado a difundir produções audiovisuais relacionadas à democracia participativa e ao aprofundamento da cidadania. Promovido pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre e o Observatório Internacional de Democracia Participativa (OIDP) em parceria com o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, o evento pretende divulgar e promover ações de diferentes atores sociais. A primeira edição do Democracine acontece em Porto Alegre, no período de 13 a 16 de junho de 2012.

Em sua primeira edição, o Democracine irá dar visibilidade a filmes relacionados a seis eixos temáticos básicos:


1- Cidadanias insurgentes e ação coletiva na prática cotidiana da democracia
2- Processos eleitorais
3- Revoluções
4- Democracia e trabalho
5- O meio ambiente como campo de luta democrática
6- Memórias de lutas, grandes lutadores e heróis desconhecidos


INFORMAÇÕES COMPLETAS SOBRE O FESTIVAL, QUE TEVE INSCRIÇÕES ENCERRADAS EM 16 DE ABRIL, PODEM SER OBTIDAS EM:

quinta-feira, 29 de março de 2012

1aRODA - 03 E 04 DE ABRIL DE 2012


1aRODA
03 E 04 DE ABRIL DE 2012
RODADA DE DEBATES SOBRE ARTE

INSCRIÇÕES PODEM SER FEITAS PELO E-MAIL
RODAINSCRICOES@GMAIL.COM

NOVAS REFLEXÕES SOBRE ARTE
A 1a Rodada de Debates sobre Arte se propõe a investigar o cenário artístico contemporâneo a partir de uma série de conferências ministradas por profissionais cujo trabalho se destaca em frentes de atuação diversas. Acadêmicos, curadores, críticos, artistas, jornalistas e galeristas, nossos convidados gozaram de plena liberdade para a escolha dos temas de suas palestras, uma vez que o projeto se destina, justamente, à apresentação de novas reflexões sobre o mundo da arte. 
Partindo de uma composição heterogênea de conferencistas, a rodada de debates privilegia o encontro de profissionais cujas trajetórias sinalizam novos horizontes para a arte nacional e internacional. Nesta primeira edição do RODA, o grupo será composto por uma geração que se desenvolveu  paralelamente ao processo de globalização, à emergência de artistas oriundos de países periféricos e à crescente absorção da arte pelo mercado e pelas mídias; por outro lado, presenciou o surgimento da arquitetura espetaculosa dos museus, a pletora de bienais e feiras de arte e o que se convencionou chamar de pós-modernidade. 
Orientado pelo princípio da diversidade e da autonomia intelectual, o 1a RODA busca aproximar Porto Alegre de profissionais, instituições e centros urbanos que compõem, atualmente, o vasto tabuleiro da atividade artística mundial. 

Bernardo José de Souza
Coordenador de Cinema, Vídeo e Fotografia
Secretaria de Cultura de Porto Alegre 

PROGRAMAÇÃO
DEBATES CONTARÃO COM TRADUÇÃO SIMULTÂNEA 

DIA 3 DE ABRIL - SALA P. F. GASTAL
18 HORAS E 30 MINUTOS:
Elaine Tedesco
(artista e professora do Instituto de Artes da UFRGS)
O ARTISTA NO OBSERVATÓRIO
Um observatório é um lugar onde se tem uma visão privilegiada e instrumentalizada sobre um determinado objeto ou tema; tais dispositivos permitem que o observador estabeleça suas estratégias de análise e interpretação. No presente contexto o artista é simultaneamente o observador e o observado.

20 HORAS:
Fabio Cypriano
(crítico de arte do jornal Folha de S. Paulo e professor da PUC/SP)
ARTE CONTEMPORÂNEA BRASILEIRA = DECORAÇÃO DE CASA DE EMERGENTE?
O ciclo econômico positivo que o Brasil atravessa gera uma nova classe média alta, com novas casas e muitas paredes brancas, que se tornou uma nova e importante fonte de compra nas galerias de arte. Com isso, esse mercado de emergentes passou a ser determinante para a constituição da produção nacional que, se nos anos 1960 e 1970 foi marcada pela experimentação, agora virou decoração. Artistas, nesse contexto, acabam submetendo sua produção à demanda das feiras. A questão que resta: existe em algum lugar uma produção que rompa com esse ciclo?

21 HORAS E 30 MINUTOS:
Storm Janse van Rensburg
(curador independente e ex-diretor da Goodman Gallery Cape Town)
IT’S A STRANGE, STRANGE WORLD WE LIVE IN, MASTER JACK*
A palestra consistirá em um breve panorama da arte contemporânea sul-africana no contexto global dos últimos 20 anos, recuperando alguns eventos importantes, como a extinta bienal de Joahannesburg e a mal-sucedida bienal da Cidade do Cabo, além das trajetórias de artistas como William Kentridge e Candice Breitz e seus respectivos impactos na percepção e recepção da arte sul-africana. Também abordará a recente sensação do grupo de zef rap Die Antwoord, em particular a relação entre sua dança desajeitada e a arte contemporânea, entre outras coisas. A discussão se dará no contexto filosófico de Altermodern (como articulado por Nicholas Borriaud) e de Afripolitanism (como articulado por Achille Mbembe).
*Título do único hit internacional da banda sul-africana Four Jacks and a Jill, de 1967.

DIA 4 DE ABRIL - SALA P. F. GASTAL
18 HORAS E 30 MINUTOS:
Gabriela Motta
(curadora do Itaú Rumos/Artes Visuais e crítica de arte)
NOTAS SOBRE A INDIFERENÇA – Arte Contemporânea Enquanto Categoria Institucional
O que se vive na atualidade, em termos de produção, talvez seja uma intensificação dos dilaceramentos e indeterminações perpetradas pelo que se convencionou chamar de arte moderna. A voracidade com que os trabalhos de arte se substituem hoje em dia e a ansiedade por periodizar um momento autorizam instituições e críticos a categorizar uma produção sem especificidade conceitual ou paradigma histórico.

20 HORAS:
Sam McAuliffe
(professor da Goldsmiths/Universidade de Londres)
ADORNO E A APORIA DA AUTONOMIA ESTÉTICA
“A Arte é autônoma e não é”. Para Adorno, a obra de arte inscreve-se em um duplo-vínculo, do qual ela não pode – embora deva – dissociar-se.
Serão examinadas as várias consequências deste duplo-vínculo tal como aparece na teoria estética de Adorno e na arte contemporânea, mais especificamente na obra de Sarah Morris.

21 HORAS E 30 MINUTOS:
Susanne Pfeffer
(curadora-chefe do KW Instituto de Arte Contemporânea)
DESAFIANDO AS CONVENÇÕES DE EXIBIÇÃO DE OBRAS DE ARTE
Discorrerá sobre sua prática profissional, que nasce do intenso diálogo com os artistas e do produtivo intercâmbio de ideias artísticas e curatoriais. A partir deste sempre renovado modo de trabalho e das questões específicas do espaço e do tempo, novas ideias sobre a construção de uma exposição se desenvolvem e convenções sobre a apresentação de obras de arte são desafiadas.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Seminário Internacional discute Arte Contemporânea

A Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre realiza nos dias 3 e 4 de abril de 2012 o evento 1ª Roda – Rodada de Debates Sobre Arte. Durante duas noites, entre 18h30 e 22h30, convidados do Brasil e do exterior (entre curadores, críticos, artistas, jornalistas e acadêmicos) irão apresentar na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) suas reflexões sobre os atuais caminhos da arte contemporânea. Dividido em seis mesas, o seminário conta com a participação do crítico e jornalista Fábio Cypriano (crítico de arte do jornal Folha de S. Paulo e professor da PUC-SP), da artista Elaine Tedesco (professora do Instituto de Artes da UFRGS), dos curadores Storm Janse van Rensburg (curador independente e ex-diretor da Goodman Gallery de Cape Town), Susanne Pfeffer (curadora chefe do KW Instituto de Arte Contemporânea de Berlim) e Gabriela Motta (crítica de arte e curadora do Itaú Rumos/Artes Visuais) e do professor Sam McAuliffe (professor da Goldsmiths/Universidade de Londres). O evento, que é aberto ao público e tem entrada franca, contará com tradução simultânea nas falas dos convidados estrangeiros. A iniciativa tem o apoio do Goethe-Institut e do Instituto de Artes da UFRGS.


Programação Seminário:
3 de abril (terça-feira)
18h30 – O Artista no Observatório, com Elaine Tedesco
20h00 – Arte Contemporânea Brasileira = Decoração de Casa de Emergente?, com Fábio Cypriano
21h30 – It’s a Strange, Strange World We Live In, Master Jack, com Storm Janse van Rensburg

4 de abril (quarta-feira)

18h30 – Notas Sobre a Indiferença – Arte Contemporânea Enquanto Categoria Institucional, com Gabriela Motta
20h00 – Adorno e a Aporia da Autonomia Estética, com Sam McAuliffe
21h30 – Desafiando as Convenções de Exibição de Obras de Arte, com Susanne Pfeffer



A partir do dia 5 de abril, complementando a programação do seminário, o cinema da Usina do Gasômetro recebe a mostra Arte Doc, que exibe uma série de produções que colocam em cena o processo criativo de diferentes artistas. Entre os destaques da programação, o filme Anna Pavlova Vive em Berlim, de Theo Solnik, que acompanha a trajetória errante de sua heroína, uma “party queen” em crise de identidade, pelas ruas de Berlim. O diretor Theo Solnik estará presente nas duas exibições do filme, que foi o grande vencedor do Prêmio Para Artista Jovem, na Alemanha, o que lhe assegurou uma elogiada temporada de exibições no prestigioso museu Hamburger Bahnof, em Berlim.

A programação da mostra Arte Doc é complementada pela produção dinamarquesa Como Vai, de Jannik Splidsboel, pelo americano Brock Enright: Os Bons Tempos Nunca Mais Serão os Mesmos, de Jody Lee Lipes, além do documentário brasileiro Arte Brasileira Contemporânea, do diretor Murilo Salles, ensaio visual assinado pelo premiado diretor de Nunca Fomos Tão Felizes e Nome Próprio que enfoca o trabalho de 21 artistas brasileiros.

5 a 15 de abril de 2012

Programação

Como Vai (How Are You), de Jannik Splidsboel (Dinamarca, 2011, 58 minutos)
Um notável documentário sobre dois artistas de grande expressão, Michael Elmgreen e Ingar Dragset. O filme mostra como eles se conhecerem, se apaixonaram um pelo outro e começaram a trabalhar juntos, realizando um trabalho divertido e bem humorado, que aborda temas como identidade, sexualidade e democracia.


Arte Brasileira Contemporânea, de Murilo Salles (Brasil, 2009, 130 minutos)
Para o contato com as artes visuais, nada melhor do que, simplesmente, olhar. É assim, propiciando um mergulho visual na obra de 21 artistas brasileiros, que o cineasta Murilo Salles convida o espectador a entrar no complexo, plural e nada evidente universo da arte contemporânea. Com belíssimas imagens e sem narração, um ensaio visual sobre a arte brasileira, assinado pelo premiado diretor de Nunca Fomos Tão Felizes e Nome Próprio.

Anna Pavlova Vive em Berlim (Anna Pavlova Lebt in Berlin), de Theo Solnik (Alemanha, 2011, 75 minutos)

Anna Pavlova, uma “party queen” russa, encarna a tragédia da geração festeira contemporânea de Berlim. Perdida num limiar de insanidade e rara lucidez poética, perambulando sozinha pelas ruas de Berlim, ela nos mostra um lado da festa que raramente vemos. Anti-heroína da sociedade civilizada, sua existência é uma tentativa desesperada de viver em um estado de felicidade permanente, a fim de não encarar o mundo que começa depois que a festa termina.

Brock Enright: Os Bons Tempos Nunca Mais Serão os Mesmos (Brock Enright: Good Times will Never Be the Same), de Jody Lee Lipes (Estados Unidos, 2009, 79 minutos)
Brock Enright e sua namorada Kirsten Deirup dirigem do Brooklyn, em Nova York, até a cabana da família de Kirsten, em Mendocino, na Califórnia, para preparar sua primeira exposição individual em uma proeminente galeria nova-iorquina. Enquanto Enright luta para produzir aquele que seria seu trabalho mais significativo, sua relação com Kirsten, sua família e a galeria é tensionada devido ao caráter violento, sexualmente explícito e psicologicamente desafiador de sua nova criação.

GRADE DE HORÁRIOS


5 a 15 de abril de 2012

Quinta-feira (5 de abril)
19:00 – Como Vai
Sexta-feira (6 de abril)
19:00 – Arte Brasileira Contemporânea

Sábado (7 de abril)
19:00 – Como Vai

Domingo (8 de abril)
19:00 – Arte Brasileira Contemporânea

Terça-feira (10 de abril)
19:00 – Anna Pavlova Vive em Berlim

Quarta-feira (11 de abril)
19:00 – Brock Enright: Os Bons Tempos Nunca Mais Serão os Mesmos

Quinta-feira (12 de abril)
19:00 – Anna Pavlova Vive em Berlim

Sexta-feira (13 de abril)
19:00 – Brock Enright: Os Bons Tempos Nunca Mais Serão os Mesmos
Sábado (14 de abril)
19:00 – Arte Brasileira Contemporânea

Domingo (15 de abril)
19:00 – Brock Enright: Os Bons Tempos Nunca Mais Serão os Mesmos

quinta-feira, 22 de março de 2012

A África Contemporânea em Discussão


ALÉM DO APARTHEID

MOSTRA DISCUTE RAÇA, SEXO E POLÍTICA
NA ÁFRICA CONTEMPORÂNEA
Foto de David Goldblatt
Essencialmente sincrética e miscigenada, a África do Sul destaca-se do “continente esquecido” como uma sociedade emergente em termos culturais, políticos e econômicos. À fusão racial promovida pelo colonialismo holandês e britânico entre os séculos XVII e XIX e os terríveis anos do Apartheid, somou-se a atual imigração originada em nações vizinhas, como o Zimbabue, fazendo do país um tabuleiro cultural cuja intrincada trama promoveu a assunção de uma cena artística contemporânea extremamente consistente e criativa. Para dar visibilidade a este movimento, a Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre inaugura no próximo dia 27 de março, às 19h, uma nova programação em dois espaços na Usina do Gasômetro, Além do Apartheid – Raça, Sexo e Política na África Contemporânea, que inclui uma exposição na Galeria Lunara (5º andar) e uma mostra de 11 filmes na Sala P. F. Gastal (3º andar).


A EXPOSIÇÃO

A exposição coletiva que ocupa a Galeria Lunara traz pela primeira vez a Porto Alegre uma pequena mas significativa mostra da arte produzida na África do Sul, seja por sul-africanos ou mesmo por imigrantes vizinhos lá residentes ou tornados conhecidos por galerias daquele país. A mostra inclui nomes consagrados como William Kentridge (já conhecido dos porto-alegrenses por sua participação na Bienal do Mercosul) e David Goldblatt, a jovens expoentes como Dan Halter, Jodi Bieber e Kudzanai Chiurai, passando por Nontsikelelo Veleko, Athi-Patra Ruga e Cameron Platter.
Segundo o Coordenador de Cinema, Vídeo e Fotografia da SMC, Bernardo José de Souza, “a produção artística da África do Sul cresce em qualidade e visibilidade, ao lado de nações igualmente emergentes como a brasileira, a chinesa, a muçulmana, a hindu e a russa, mas diferentemente da nossa produção, porém, a deles possui caráter eminentemente político, não no sentido aviltante da arte política, e sim no de uma arte cujos frutos estão embebidos em política, justamente por se originarem no altruísmo e não no refresco da alienação”.
    


MOSTRA DE FILMES

Entre os dias 27 de março e 8 de abril, a Sala P. F. Gastal recebe uma mostra reunindo 11 títulos, entre trabalhos ficcionais e documentários, incluindo obras assinadas por diretores africanos e títulos que abordam o tema do Apartheid na África do Sul e as relações das nações colonialistas européias com o continente africano. A mostra tem o apoio da Cinemateca da Embaixada da França do Rio de Janeiro e da MPLC.


Programação:

Pessoas Classificadas (Classified People), de Yolande Zauberman (França, 1987, 60 minutos). Filmado clandestinamente na África do Sul, este filme denuncia as fendas sociais e afetivas causadas pelo Apartheid. Em 1948, a vida de Robert, que acreditava ser branco, balança. Ele é classificado como mestiço, e sua mulher e seus filhos, que "continuam brancos", o renegam. Ele refaz sua vida com Doris, que é negra, e juntos eles nos contam, com humor e cumplicidade, sua história trágica. Exibição em DVD.


A Comissão da Verdade (La Commission de la Vérité), de André Van In (França, 1999, 138 minutos). Chegar a uma sociedade realmente democrática; eis a tarefa da "Comissão para a Verdade e a Reconciliação", instituída na África do Sul por Nelson Mandela. Composta por 17 membros sob a conduta de Monseigneur Desmond Tutu, esta comissão será retransmitida em todos o país pelos grupos ditos "Khulumani" ("Libere a voz"). Ela vai reunir, durante um pouco mais de um ano, vítimas, perseguidores e testemunhas do Apartheid para trazer a verdade sobre o passado. O diretor recebeu autorização de acompanhar, durante toda a sua duração, este inacreditável processo que ajudou a reformular a nação. Exibição em DVD.

A Última Sepultura em Dimbaza (Dernière Tombe à Dimbaza, de Nana Mahamo) (França/África do Sul, 1972, 55 minutos). Filmado clandestinamente na África do Sul em 1972, este documentário desvenda a política do Apartheid. Ele descreve as condições de vida inumanas dos negros no país, onde falar sobre o Apartheid já levaria à prisão. Dimbaza era um destes guetos de confinamento com seu cemitério de crianças mortas por desnutrição. Em muitas das imagens da época, Nana Mahamo reconstitui as diferentes etapas da colonização européia na África do Sul. Exibição em DVD.

Bal Poussière, de Henri Duparc (França, 1988, 91 minutos). Semi-Deus, rico fazendeiro de uma cidade da Costa do Marfim, possui cinco mulheres. Ele decide se casar com uma sexta. Dessa forma, ele terá uma mulher para cada dia da semana, e no domingo ele descansará e recompensará aquela que se comportar melhor. Mas com Binta, a nova esposa, moça moderna e esclarecida, os conflitos não tardam a acontecer. Exibição em DVD.

Kodou, de Ababacar Makharam (França/Senegal, 1971, 89 minutos). Uma garota, Kodou, se submete a uma prática antiga de tatuagem ao redor da boca particularmente dolorosa. Ela se enfurece no meio da cerimônia, ofendendo assim gravemente as tradições seculares da vila. Desde então, a garota confinada por quarentena vai enlouquecer. Desamparada, sua família se deixa convencer de levá-la para um hospital psiquiátrico dirigido por um médico europeu, o que não surte efeito. Seus pais decidem então submeter Kodou a uma prática de exorcismo tradicional. Exibição em DVD.

Rostos de Mulheres (Visages de Femmes), de Désiré Ecaré (França, 1984, 105 minutos).No interior da Costa do Marfim, Nguessan, casada com um homem que ela não ama, se encanta com o irmão mais novo de seu marido que vem da capital. Uma outra camponesa, Fanta, também é apaixonada pelo rapaz e para se defender de seu marido ciumento ela aprende karatê. Em Abidjan, Bernadette, uma mulher inteligente, dirige um estabelecimento de poções, mas ela se dá conta de que sua vizinhança aproveita muito pouco dos benefícios que ela faz. Três retratos que mostram a luta cotidiana de mulheres africanas para obter um lugar justo dentro da sociedade. Exibição em DVD.

Eu e Meu Branco (Moi et Mon Blanc), de Pierre Yameogo (França/Burkina Faso/Suécia, 2003, 90 minutos). Mamadi, estudante de Burkina Faso, e Frank, jovem francês, trabalham como vigias noturnos num estacionamento. Através das telas do equipamento de segurança acompanham as idas e vindas, a prostituição e o tráfico de drogas que acontece entre o movimento dos automóveis. Uma noite, Mamadi descobre um embrulho abandonado, com drogas e dinheiro, e decidem ficar com ele. Nessa aventura, cada um deles vai descobrir o mundo do outro. Exibição em DVD.

Abouna, de Mahamat Saleh Haroun (França/Chade, 2002, 81 minutos). Tahir, de 15 anos, e Amine, de 8, descobrem ao acordar que seu pai foi embora misteriosamente. A frustração é maior, porque naquele dia, ele devia ser árbitro do jogo de futebol entre os garotos do bairro. Decidem portanto sair à sua busca pela cidade, em todos os lugares em que ele costumava ir. Cansados, acabam se refugiando em salas de cinema, onde um dia acreditam reconhecer seu pai na tela. Exibição em DVD.

O Preço do Perdão (Le Prix du Pardon), de Mansour Sora Wade (França/Senegal, 2001, 90 minutos). Um espesso nevoeiro cobre há vários dias uma aldeia da costa sul do Senegal, e impede as pirogas de entrar no mar. O velho religioso da aldeia está moribundo e não pode executar os ritos. Seu filho de 20 anos, Mbanik, ganha a confiança da população e cativa a jovem Maxoye. Mas seu sucesso desperta a inveja de Yatma, seu amigo de infância. Exibição em DVD.

Assassinato Sob Custódia (A Dry White Season), de Euzhan Palcy (EUA, 1989, 97 minutos). Ben du Toit (Donald Sutherland) é um professor na segregacionista África do Sul dos anos 1970. Consciente da realidade do seu país, na qual os negros são assassinados sem o menor motivo e os assassinos são protegidos pelo regime dominante, ele resolve enfrentar o sistema. Exibição em DVD.

Um Grito de Liberdade (Cry Freedom), de Richard Attenborough (Inglaterra, 1987, 157 minutos). A tensão e o terror presentes na África do Sul do Apartheid são vivamente retratados nesta arrebatadora história dirigida por Richard Attenborough sobre o ativista negro Stephen Biko (Denzel Washington) e um editor jornalístico branco liberal que arrisca a própria vida para levar a mensagem de Biko ao mundo. Depois de travar contato com os verdadeiros horrores do Apartheid através dos olhos de Biko, o editor Donald Woods (Kevin Kline) descobre que o amigo foi silenciado pela polícia. Determinado a não deixar que a mensagem de Biko seja abafada, Woods empreende uma perigosa fuga da África do Sul para tentar levar a incrível história de coragem de Biko para o mundo. Exibição em DVD.


 GRADE DE HORÁRIOS

Primeira Semana

27 de março (terça-feira)
17:00 – Assassinato Sob Custódia

28 de março (quarta-feira)
19:00 – A Comissão da Verdade

29 de março (quinta-feira)
17:00 – A Última Sepultura em Dimbaza
19:00 – Um Grito de Liberdade

30 de março (sexta-feira)
15:00 – O Preço do Perdão
17:00 – Abouna
19:00 – Eu e Meu Branco

31 de março (sábado)
17:00 – Bal Poussiére
19:00 – Kodou

1º de abril (domingo)
15:00 – Rostos de Mulheres 
17:00 – Eu e Meu Branco
19:00 – Pessoas Classificadas


Segunda Semana

3 de abril (terça-feira)
15:00 – O Preço do Perdão
17:00 – Abouna

4 de abril (quarta-feira)
15:00 – Eu e Meu Branco
17:00 – Kodou

5 de abril (quinta-feira)
15:00 – Bal Poussiére
17:00 – A Última Sepultura em Dimbaza

6 de abril (sexta-feira)
15:00 – Abouna
17:00 – Pessoas Classificadas

7 de abril (sábado)
15:00 – Assassinato Sob Custódia
17:00 – Kodou

8 de abril (domingo)
15:00 – Abouna
17:00 – Eu e Meu Branco 

APOIO




 

Segue em cartaz o filme Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres na programação da Sala


A Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) segue apresentando, em dois horários (16:00 e 19:00),  o elogiado Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres. O filme é uma versão do diretor David Fincher para o primeiro volume da série de livros policiais do escritor sueco Stieg Larsson, um fenômeno mundial de vendas desde o seu lançamento.


Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres permanece em cartaz na Sala P. F. Gastal até o dia 25 de março, em duas sessões diárias, 16:00 e 19:00. Ingressos a R$ 3,00 (meia-entrada) e R$ 6,00 (inteira).

Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres (The Girl with the Dragon Tattoo), de David Fincher. EUA/Suécia/Reino Unido/Alemanha, 2011. Com Daniel Craig, Rooney Mara, Christopher Plummer, Robin Wright e Joely Richardson. Duração: 158 minutos. Suspense. Classificação indicativa: 16 anos. Exibição em 35mm.

  
Correção: na sexta-feira (23 março) haverá apresentação do filme Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres às 19h.
                                                           


                                                      GRADE DE HORÁRIOS

Sexta-feira (16 de março)

16:00 – Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres
19:00 – Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres

Sábado (17 de março)

16:00 – Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres
19:00 – Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres

Domingo (18 de março)

16:00 – Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres
19:00 – Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres

Terça-feira (20 de março)

16:00 – Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres
19:00 – Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres

Quarta-feira (21 de março)

16:00 – Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres
19:00 – Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres

Quinta-feira (22 de março)

16:00 – Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres
19:00 – Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres

Sexta-feira (23 de março)

16:00 – Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres
19:00 –
Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres

Sábado (24 de março)

16:00 – Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres
20:00 – Coquetel de lançamento do DVD comemorativo de 15 anos do projeto Curta nas Telas, seguido de exibição de maratona de curtas (entrada franca)

Domingo (25 de março)

16:00 – Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres
19:00 – Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres

terça-feira, 20 de março de 2012

LANÇAMENTO DE DVD DUPLO COM 30 TÍTULOS COMEMORA 15 ANOS DO PROJETO CURTA NAS TELAS

  Um dos mais longevos e vitoriosos projetos de difusão cinematográfica no Brasil, o Curta nas Telas completou em 2011 seu 15º aniversário de existência. Para comemorar este feito, único no País, a Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal da Cultura está lançado no próximo sábado, dia 24 de março, às 20h, na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) um DVD duplo reunindo 30 títulos exibidos pelo projeto. A curadoria do DVD ficou a cargo do jornalista e crítico de cinema Roger Lerina, e inclui obras curtas de diretores como Beto Brant, José Eduardo Belmonte, Jorge Furtado, Esmir Filho, Gustavo Spolidoro e Ana Luiza Azevedo, entre outros. Após o coquetel de lançamento do DVD, que será distribuído gratuitamente aos presentes, a Sala P. F. Gastal realiza, a partir das 21h, uma maratona de curtas-metragens. A programação é uma das atividades do projeto 24 Horas de Cultura, que integra a Semana de Porto Alegre.

Implantado em setembro de 1996, após um longo processo de negociação envolvendo a Secretaria Municipal da Cultura, a APTC-RS, o Sindicato das Empresas Exibidoras Cinematográficas e a Câmara de Vereadores de Porto Alegre, o Curta nas Telas surgiu para atender o anseio da comunidade cinematográfica de garantir espaço para a divulgação do curta metragem nacional. E também oferecer ao público local o acesso permanente a um formato reconhecido pela sua qualidade e diversidade e que antes ficava restrito à programação dos festivais de cinema. Ao longo de 37 edições do Curta nas Telas, foram selecionados e exibidos 257 curtas de todo o território brasileiro em Porto Alegre.

         A cada duas semanas, o Curta nas Telas coloca um novo título em cartaz na cidade, em um sistema de rodízio do qual participam todas as salas do circuito de exibição comercial. Os curtas selecionados recebem uma remuneração de R$ 1.500,00 por estas duas semanas de exibição, valor pago pela Secretaria Municipal da Cultura. Atualmente, estão sendo exibidos os títulos da 38ª seleção do projeto.

         Os títulos que integram o DVD duplo Curta nas Telas 15 Anos são os seguintes:


         DVD 1

Dov’e Meneghetti?, de Beto Brant (SP, 1989)
         Amor, de José Roberto Torero (SP, 1994)
Brevíssima História das Gentes de Santos, de André Klotzel (SP, 1996)
         Mr. Abrakadabra, de José Arararipe Jr. (BA, 1996)
         5 Filmes Estrangeiros, de José Eduardo Belmonte (DF, 1997)
         O Arraial, de Otto Guerra e Adalgisa Luz (RS, 1997)
         Recife de Dentro Pra Fora, de Kátia Mesel (PE, 1997)
         Amassa que Elas Gostam, de Fernando Coster (SP, 1998)
         Paulo e Ana Luiza em Porto Alegre, de Rogério Ferrrari (RS, 1998)
         3 Minutos, de Ana Luiza Azevedo (RS, 1999)
         Cidade Fantasma, de Lisandro Santos (RS, 1999)
         Deus é Pai, de Allan Sieber (RS, 1999)
         De Janela pro Cinema, de Quiá Rodrigues (RJ, 1999)
         O Oitavo Selo, de Tomás Creus (RS, 1999)
         Um Estrangeiro em Porto Alegre, de Fabiano de Souza (RS, 1999)
        


         DVD 2

         O Sanduíche, de Jorge Furtado (RS, 2000)
         Outros, de Gustavo Spolidoro (RS, 2000)
         À Margem da Imagem, de Evaldo Mocarzel (SP, 2002)
         A História da Eternidade, de Camilo Cavalcante (PE, 2003)
         Intimidade, de Camila Gonzatto (RS, 2004)
         Kactus Kid, de Lancast Mota (RS, 2004)
         Messalina, de Cristiane Oliveira (RS, 2004)
         Os Olhos do Pianista, de Frederico Pinto (RS, 2005)
         Alguma Coisa Assim, de Esmir Filho (SP, 2006)
          Vida Maria, de Márcio Ramos (CE, 2006)
         A Peste da Janice, de Rafael Figueiredo (RS, 2007)
         Passo, de Alexandre Abreu (SP, 2007)
         Bicho, de Vitor Brandt (SP, 2008)
         Dois Coveiros, de Gilson Vargas (RS, 2008)
         Engano, de Cavi Borges (RJ, 2008)
        
        
        
        


Para saber mais sobre o projeto, acesse

quinta-feira, 15 de março de 2012

ELOGIADA VERSÃO DE DAVID FINCHER PARA LIVRO DE STIEG LARSSON EM CARTAZ NA SALA P. F. GASTAL

A Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) coloca em cartaz a partir de sexta-feira, 16 de março, em dois horários (16:00 e 19:00),  o elogiado Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres, versão do diretor David Fincher para o primeiro volume da série de livros policiais do escritor sueco Stieg Larsson, um fenômeno mundial de vendas desde o seu lançamento.

Com Daniel Craig e Rooney Mara à frente do elenco, Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres disputou vários Oscar na última edição do prêmio (incluindo uma indicação de melhor atriz para a jovem Rooney Mara), tendo vencido na categoria de melhor montagem. A trama do filme acompanha uma intrincada investigação levada a cabo pelo jornalista Mikael Blomkvist (Craig) com a ajuda da hacker desajustada Lisbeth Salander (Mara), envolvendo o desaparecimento de uma milionária e uma série de terríveis assassinatos.

Diretor conhecido por obras bem sucedidas como O Clube da Luta, Zodíaco e A Rede Social, Fincher cria uma versão bastante pessoal do livro de Larsson, que conseguiu condensar em um roteiro eficaz, traduzido em imagens de grande impacto, captadas com câmeras digitais, como o diretor tem feito já há algum tempo em seus filmes.

Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres permanece em cartaz na Sala P. F. Gastal até o dia 25 de março, em duas sessões diárias, 16:00 e 19:00. Ingressos a R$ 3,00 e R$ 6,00.

Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres (The Girl with the Dragon Tattoo), de David Fincher. EUA/Suécia/Reino Unido/Alemanha, 2011. Com Daniel Craig, Rooney Mara, Christopher Plummer, Robin Wright e Joely Richardson. Duração: 158 minutos. Suspense. Classificação indicativa: 16 anos. Exibição em 35mm.
                                                           

                                                      GRADE DE HORÁRIOS

Sexta-feira (16 de março)

16:00 – Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres
19:00 – Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres

Sábado (17 de março)

16:00 – Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres
19:00 – Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres

Domingo (18 de março)

16:00 – Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres
19:00 – Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres

Terça-feira (20 de março)

16:00 – Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres
19:00 – Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres

Quarta-feira (21 de março)

16:00 – Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres
19:00 – Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres

Quinta-feira (22 de março)

16:00 – Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres
19:00 – Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres

Sexta-feira (23 de março)

16:00 – Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres
19:00 – Coquetel de lançamento do curta-metragem Brisa

Sábado (24 de março)

16:00 – Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres
20:00 – Coquetel de lançamento do DVD comemorativo de 15 anos do projeto Curta nas Telas, seguido de exibição de maratona de curtas (entrada franca)

Domingo (25 de março)

16:00 – Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres
19:00 – Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres

sábado, 10 de março de 2012

ERRATA 8° FESTIVAL DE VERÃO DO RS DE CINEMA INTERNACIONAL- MUDANÇA NA GRADE DE PROGRAMAÇÃO

Neste domingo, 11 de março, na sessão das 15h, invés do filme "Post Mortem", de Pablo Larraín, a Sala P.F. Gastal exibirá "O Amor em Fuga", de François Truffaut.

Grade de Horários:
15h- O Amor em Fuga- 94 min.
17h- Atirem no Pianista- 85 min.
19h- Beijos Proibidos- 90 min.

quinta-feira, 8 de março de 2012

SALA P. F. GASTAL RETOMA PROGRAMAÇÃO COM FESTIVAL DE VERÃO

         A Sala P. F. Gastal  retoma sua programação a partir de 9 de março, integrando o circuito exibidor do 8º Festival de Verão do RS de Cinema Internacional, que se estende até o dia 15 de março. Entre os destaques da semana, está a mostra dedicada ao cineasta francês François Truffaut, que exibe seis dos longas mais importantes do diretor, em cópias em 35mm.

  PROGRAMAÇÃO




Luz, Câmera, Pichação, de Marcelo Guerra, Gustavo Coelho e Bruno Caetano (Brasil, 2011, 102 minutos)


A pichação é uma cultura pouco compreendida no Rio de Janeiro. Contando com a presença apenas de pichadores, o filme revela o que eles têm a dizer, quais suas histórias nunca narradas, seus riscos, seus medos, paixões e grafias. Com cenas de tirar o fôlego, o longa mergulha neste submundo, fazendo o espectador vivenciar aventuras e sentir a adrenalina comum deste movimento que toma a cidade enquanto a maioria dorme. Suspendendo barreiras invisíveis e exibindo o que é obscuro, fica a questão do quanto de pichador há em todos de nós.


Moacir, de Tomas Lipgot (Argentina, 2011, 75 minutos)


Moacir dos Santos veio do Brasil há quase três décadas; depois de tanto tempo já é “brasileiro e argentino”, como ele mesmo diz para um (quase) conterrâneo na embaixada de Buenos Aires. Entretanto, melhor não nos anteciparmos, pois para mover-se dentro da elite, Moacir teve que enfrentar um longo calvário. Desempregado e entregue a diversos excessos, após diagnóstico de esquizofrenia paranóide ele foi internado no Hospital Neuropsiquiátrico Borda, onde passou grande parte da sua estadia em Buenos Aires. Lá, ele conheceu o diretor Tomas Lipgot, que estava trabalhando num outro documentário. É assim que começa a fantástica história de Moacir, que preenche de sentido esse vago conceito do “poder curativo da música”. Após receber a alta hospitalar, com seus 65 anos de idade, Moacir pretende deixar para trás os fantasmas e gravar um CD com músicas de sua autoria que, como ele mesmo, ficaram perdidas durante longos anos. O experiente carimbo do crooner Sergio Pángaro garante o sucesso promissório deste empreendimento. Literalmente, não tem como perder o animado videoclipe dos créditos finais, uma festa como para extravasar no ritmo do samba contagioso que Moacir leva no sangue e que (fiquem sabendo) canta e dança como poucos.




Post Mortem, de Pablo Larraín (Chile/México/Alemanha, 2010, 96 minutos)


Chile, setembro de 1973. A história decorre durante os dias do golpe de Estado pelo general Augusto Pinochet contra o Governo de Salvador Allende. Mario Cornejo (Alfredo Castro) é um homem triste e solitário que trabalha numa morgue de Santiago, onde transcreve os relatórios das autópsias. Nancy Puelma (Antonia Zegers),  sua vizinha, é uma corista de cabaret que se recusa a envelhecer. Um dia os caminhos de ambos se cruzam e Mario apaixona-se irremediavelmente. Obcecado, segue a vida de Nancy, observando todos os seus passos. Até que, uma manhã, ele encontra a casa dela destruída. É então que, em desespero, passa a procurar o seu rosto em cada cadáver que chega à morgue. Até, finalmente, a encontrar...



No Lugar Errado, de Guto Parente, Luiz Pretti, Pedro Diógenes e Ricardo Pretti (Brasil, 2011, 70 minutos)


Durante uma noite o reencontro de quatro amigos será marcado por um jogo de mentiras e verdades com consequências inesperadas. Filme realizado a partir da peça Eutro, dirigida por Rodrigo Fischer.







MOSTRA TRUFFAUT




Beijos Proibidos (Baisers Volés), de François Truffaut (França, 1968, 90 minutos)


Findo o serviço militar, Antoine Doinel retorna à vida ativa de civil. Depois de um primeiro emprego como vigia noturno, trabalha como detetive particular de uma agência. É designado para uma missão numa sapataria para vigiar a Sra. Tabard, por quem se apaixona. Esta, por fim aceita entregar-se, com a promessa de que ele não tentaria mais revê-la. Agora, Antoine é técnico de conserto de televisão e volta para os braços de seu primeiro amor, a muito sensata Christine Darbon.




Domicílio Conjugal (Domicile Conjugal), de François Truffaut (França, 1970, 100 minutos)


Antoine Doinel é casado com Christine. Ela dá aulas de violão e ele tinge cravos brancos de vermelho. Rapidamente abandona essa atividade para trabalhar como manobreiro de petroleiros de pequeno porte. Logo depois do nascimento de Alphonse, seu primeiro filho, ele tem um caso com a japonesa Kyoto. Sua mulher fica sabendo e eles se separam. Antoine se cansa da nipônica tagarela e tenta reconsquistar Christine.






O Amor em Fuga (L'Amour en Fuite), de François Truffaut (França, 1978, 94 minutos)


Aos 35 anos, Antoine Doinel continua o mesmo adolescente de sempre. Divorcia-se de sua mulher Christine e começa a rever diversos personagens que marcaram sua vida. Inclusive, Colette, seu primeiro amor, atualmente advogada de renome, e Lucien, ex-amante de sua mãe, agora um senhor de idade respeitável... Prisioneiro de seu passado, redescobre o futuro em Sabine, uma jovem vendedora de discos, pela qual se apaixona perdidamente ao ver sua foto.



A Sereia do Mississipi (La Sirène du Mississipi), de François Truffaut (França, 1969, 120 minutos)


Louis Mathé é um industrial das ilhas Reunião que decide se casar e para isso coloca anúncios no jornal. Conhece Julie, mulher maravilhosa, diferente daquela que ele havia visto na foto. Depois do casamento, ela desaparece, levando consigo todo o dinheiro de Louis. Ele a reencontra casualmente na França, depois de colocar um detetive no seu encalço. Na realidade, seu nome é Marion, garota de programa que tomou o lugar da verdadeira Julie. Entretanto, ela consegue sensibilizar Louis. Nesse momento, o detetive reaparece. Temendo não conseguir livrá-la da polícia, Louis o mata. Ambos fogem e se refugiam num chalé. Ela tenta envenená-lo e ele lhe confessa estar louco de amor. Eles partem juntos pela neve.




A História de Adèle H. (L'Histoire de Adèle H.), de François Truffaut (França, 1975, 96 minutos)


Adèle Hugo, filha do grande escritor, é abandonada pelo tenente Pinson, por quem estava perdidamente apaixonada. Em 1861, ele atravessa o Atlântico para servir na base de Halifax, no Canadá. Já não se lembra mais de Adèle. Ela o atormenta a ponto de anunciar o casamento dos dois num jornal local, provocando o rompimento da união dele com a filha de um juiz. Doente, sem recursos, ela empreende uma perseguição implacável até que ele é transferido para Barbade. Louca, Adèle não o reconhece quando cruza com ele na rua. Uma pessoa da cidade a acolhe e a envia de volta à França, onde morre doente em Saint-Mandé, quarenta anos mais tarde.




Atirem no Pianista (Tirez sur le Pianiste), de François Truffaut (França, 1960, 85 minutos)


Édouard Saroyan era um virtuoso no piano. Sua carreira foi interrompida no dia em que sua mulher, Téresa, se suicida depois de lhe confessar que era amante de seu empresário. Torna-se pianista no bar do Plyne com o nome de Charlie Kohler. Lá conhece Léna, a quem confidencia seu passado. Depois de uma cena de ciúmes provocada por Plyne, Charlie o mata acidentalmente. Foge com Léna e ambos se refugiam no chalé de seu irmão Chico, que por sua vez está sendo perseguido pelos gangsters Ernest e Momo. Estes formam um cerco e abrem fogo sobre o chalé. Léna é morta e Charlie, depois deste novo drama, retorna ao piano-bar.



GRADE DE HORÁRIOS


9 de março (sexta-feira)

15:00 – Moacir (DVD)17:00 – A História de Adèle H. (35mm)
19:00 – Atirem no Pianista (35mm)
 10 de março (sábado)


15:00 – Luz, Câmera, Pichação (DVD)
17:00 – Domicílio Conjugal (35mm)
19:00 – O Amor em Fuga (35mm)

11 de março (domingo)


15:00 – Post Mortem (DVD)

17:00 – Atirem no Pianista (35mm)
19:00 – Beijos Proibidos (35mm)

13 de março (terça-feira)


15:00 – Moacir (DVD)

17:00 – A Sereia do Mississipi (35mm)

19:00 – Domicílio Conjugal (35mm)

14 de março (quarta-feira)


15:00 – No Lugar Errado (35mm)
17:00 – O Amor em Fuga (35mm)
19:00 – A Sereia do Mississipi (35mm)
      
15 de março (quinta-feira)

15:00 – O Último Carnaval (DVD)
17:00 – A História de Adèle H. (35mm)
19:00 – Beijos Proibidos (35mm)